terça-feira, 10 de janeiro de 2023

 O tempo de Euclides


O Tempo e o Vento e as horas que passam, ultrapassam e se esvaem. 

Vão e vai daqui, ali e amanhã já veio. Se atrasa na asa de um beijo de relance. 

Se lança na lança de um guerreiro que mira no alvo, no peito de um desafeto. Ali, se congela no tempo. Pausa infinita da foto enquadrada em sua parede de outrora. Hoje a moldura se desfaz, mole, liquefaz em mãos enrugadas. Uva-passa de mão em mão. Seca, concentrada, ensimesmada. Conchinha, posição fetal, voltada para si.

Começo de uma era, que inicia acabando-se, já era. Foi, fui! Flui, flanando, boiando no espaço infindo. Breu. Eu. 

Agora, dança das horas. Rodopiando mundo-pião. Assim, um timelapse sem fim. Lapso do tempo, lápis,  borracha, apaga o erro divino de colocar prazo de validade em mim. 

Não tem volta aqui, mas recomeço em alguma nova morada, parada, stop! Rewind, fita enrolada. "Desenrola, bate..." se joga. Não demora, começa tudo outra vez. 

O Tempo, e o Vento e as horas...

domingo, 30 de dezembro de 2018

Tempo, tempo, tempo, tempo


E saiu isso das minha páginas matinais:
Quase lá em 2019, coisa boa de se ver, ano caminhando pro final, se renovando...
Engraçado como a gente gosta e precisa contar. Temos que ter um marco, um lembrete pra tudo, senão não ficamos sossegados; um marca-passo, um marca-tempo, tem que ter um ponto onde a gente se apegue, se agarre pra não nos perdermos nesse mesmo tempo. Os dias e noites vêm e não há quem segure o tempo só porque deixamos de contar as horas, dias, ou até contou religiosamente. Como disse o poeta: "o tempo não para." Nunca, e não parará! Isso é fato consumado infindamente. Aliás, o próprio infinito tem uma eterna ligação com o tempo. Ligação de amor ou ódio?
Nenhuma delas. Por que insistimos em humanizar o que não é humano? Estranho se nós mesmos, quando vemos alguma crueldade, fazemos uma alusão a ser mais humano como se não fossemos ainda cruéis.
Já dizem que a criança é cruel, mas que é inerente nela não ter a famosa "maldade", mas elas são as primeiras a apontarem o dedo e sentenciarem: "Foi ele!" Acusam e falam a verdade nua e crua e, também inventam as mentiras que lhes convêm. Falar da ingenuidade da criança é tão natural como fazer "nhóóóóóóó" quando algo de fofo sai do mesmo serzinho. Inusitado seria não rirmos das tiradas impagáveis, das sacadas milenares de um pirralho de 4, 5 anos e sabedoria pueril de quem nos ensina aprendendo.
Enfim, somos todos espíritos velhos em corpos de carne nova. É nova até enrugar, cansar e se desprender, independente o quanto a gente se apega na vida. Parece que nós nos agarramos no tronco mais à mão quando a enxurrada fatal quer nos levar pro inevitável fechar d'olhos.
Aqui acaba também, sabia? Mesmo se não for assim tão doce. Mel ou fel, ninguém é de ferro. Sim, queremos ir "prum" céu ou nirvana, mesmo sem banda, nem cortejo angelical.
But, num sei se é bem assim quando partimos desta para melhor. Ou pior? Nahhhh. Pior é perder tempo (lembra dele?) pensando demais sobre o destino que não nos pertence e esquecer de fazer o que precisamos por aqui mesmo. Tanta gente pra abraçar, perdoar, ajudar, gato, cachorro pra acariciar, etc, etc...
Neste caso, pensar no futuro final (distante, esperamos) é totalmente tolo e inconsequente, apesar de que, depois de uma certa idade, é apego mesmo. Sempre ficamos com o pé atrás pra não ficar com ele muito perto da cova. Queremos inimizade com a anoréxica druida gótica. Seu nome que não podemos pronunciar.
Deus me livre, já diriam os ateus.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Comecei fuçando a imagem do Homem Aranha e acabou caindo no blog http://submundo-mamao.blogspot.com.br/, de onde puxei essas imagens. Homenagens à Norman Rockwell, dono da imagem original, no final desse post.


Luke Radl



David ...


John Byrne



Phil Postma


e essa é a primeirona e inspiradora imagem, de Nornan Rockwell




domingo, 5 de fevereiro de 2012

Carimbos do Face

Se você gostou ou não, pode expressar agora com apenas uma carimbada, ou duas, ou três...  Carimbo auto-entintado, tamanho 3,8cm x 1,4cm, tinta preta. Os dois por R$ 55,00.
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vida de arame



Arame farpado, arame encapado, arame forjado, enferrujado. Cobre de ouro, cobre de plástico, vida sem volta, enrola, enrola. Passagem de carro, um sujeito enrolado, de pé enforcado na rua dependurado. Passa andando percebe o pobre de canto de olho, sujeito de molho, cansado da vida.
Francamente... Alameda Franca, 02 setembro. Ainda bem que não era agosto, senão a rima daria desgosto, encerrando o texto aqui posto. Exposto em setembro, o integrante membro esquecido ao lado da propaganda de assistência médica. Tarde demais...